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montesclaros.com - Ano 26 - quarta-feira, 23 de abril de 2025

M. Claros perdeu na imprensa mineira um seu grande admirador. Roberto Elísio, diretor de redação do Estado de Minas, foi discípulo de Monzeca e amou perdidamente as modinhas de João Chaves. (Enterro será nesta tarde, em Santa Luzia)

Quarta 23/04/25 - 14h29

Jornalismo mineiro perde Roberto Elísio, aos 86 anos

Um dos importantes nomes da imprensa do estado, permaneceu por 40 anos nos Diários Associados, onde começou como repórter até assumir a Diretoria de Redação

Estado de Minas


O jornalista Roberto Elísio de Castro Silva morreu nessa terça-feira (22/4), aos 86 anos, no Hospital Orizonti, na capital mineira. Nascido em 1939, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi um dos mais respeitados nomes da imprensa de Minas Gerais, reconhecido pelo texto preciso, pela elegância narrativa e por seu vasto conhecimento dos bastidores da política estadual.

Com uma trajetória iniciada ainda na juventude, Roberto Elísio teve uma carreira marcada por importantes cargos no jornalismo e na comunicação institucional. Foi chefe da assessoria de imprensa no governo Rondon Pacheco, durante a década de 1970. Nos anos 1960, na antiga sede do jornal, na Rua Goiás, no Centro de BH, ainda sob o comando do também luziense Geraldo Teixeira da Costa (1913-1965), Roberto foi repórter e chefiou a editoria de Política do Estado de Minas por 20 anos, chegando mais tarde ao cargo de diretor de Redação.

O jornalista permaneceu nos Diários Associados por cerca de 40 anos, desligando-se da empresa nos anos 2000. Durante sua gestão à frente do Estado de Minas, promoveu reformas gráficas e editoriais, ampliando a presença do jornal no cenário nacional e modernizando seu conteúdo. Sobrinho de Roberto, o publicitário Mário Tam conta que o tio estava com problemas pulmonares havia algum tempo. “Ele já estava fazendo uso de oxigênio e, depois, esse problema da respiração começou a afetar o coração. Roberto fumou por mais de 50 anos e morreu por problemas causados pelo uso do cigarro", acredita o sobrinho.

O enterro será em Santa Luiza, onde já estão sepultados seus pais e uma filha. O sobrinho conta que o tio era um apaixonado por Santa Luzia e sempre falava da cidade que amava tanto. Ele ressalta que antes do enterro, na cidade natal, o velório será em Belo Horizonte, das 10h às 13h, no Memorial Zelo (Avenida do Contorno, 8.657). Depois, o corpo segue para a Igreja do Carmo, em Santa Luzia. O enterro será às 16h, no cemitério local.

Roberto era casado com Maria Izabel da Glória de Castro Silva, com quem teve três filhos: Maria Cristina, Roberto Elísio Filho e Daniela de Castro Silva.


Histórias e amizade
O jornalista e presidente da Casa de Jornalista, Carlos Barroso, lamentou a partida do amigo e conta que gostava de se encontrar com Roberto, com quem trabalhou por 11 anos. "Mas não era para falar de jornalismo. Tínhamos uma afeição mútua. Roberto gostava de contar as histórias dele quando rapaz, principalmente com o cantor Orlando Silva, que vinha a BH e os dois faziam muita farra."

"Entrei para os Diários Associados no início dos anos 1990, trabalhando no Diário da Tarde e Estado de Minas, e Roberto já era diretor de Redação naquela época. Lembro-me quando o ex-presidente José Alencar, que era presidente da Fiemg, disse à direção do jornal que iria se candidatar a senador e queria que algum jornalista do EM o acompanhasse. Roberto me escolheu. Me licenciei do jornal e fui ajudar Alencar a chegar ao Senado. Depois, ele chegou a vice-presidente da República."

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