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montesclaros.com - Ano 26 - quarta-feira, 23 de abril de 2025

Movimentação de 700 policiais em Brasília, nesta manhã, para apurar fraude de 6,3 bilhões de reais. Funcionário assume a presidência do INSS após cúpula ser afastada por suspeita de desvios em aposentadorias, pensões e auxílios

Quarta 23/04/25 - 8h35

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi afastado do cargo após o avanço de operação que investiga suspeitas de fraudes bilionárias em benefícios previdenciários.

A ação foi conduzida por órgãos de investigação federais, inclusive a Polícia Federal, e que apuram irregularidades na concessão de aposentadorias, pensões e auxílios.

A investigação identificou um esquema que teria desviado grandes quantias por meio de documentos falsos, favorecimento indevido e manipulação de processos administrativos.

O afastamento do presidente foi determinado como medida preventiva para garantir o andamento das apurações.

Até o momento, não há confirmação oficial sobre o envolvimento direto do dirigente afastado, mas ele será ouvido no curso das investigações.

A direção interina do INSS foi assumida por um servidor indicado pelo Ministério da Previdência, que informou estar colaborando com as autoridades e reforçando mecanismos de controle interno.

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8h29m, quarta-feira, da Polícia Federal:




PF e CGU investigam descontos irregulares em benefícios do INSS


Entidades investigadas descontaram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bi, entre 2019 e 2024


Brasília/DF. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram hoje (23/4) a Operação Sem Desconto, com o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem hoje 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.


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11h20m, quarta-feira, da Agência Brasil:

Justiça determina afastamento do presidente do INSS

Alessandro Stefanutto é um dos alvos da Operação Sem Desconto

Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil


A Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, um dos alvos da operação que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta quarta-feira (23).

Batizada de Operação Sem Desconto, a ação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU nas investigações sobre um suposto esquema de descontos criminosos de aposentados e pensionistas.

De acordo com a PF, investigadores já reuniram indícios que sugerem a existência de “um esquema nacional de descontos de mensalidade associativa não autorizados em aposentadorias e pensões”.

O cálculo é que as entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A Justiça Federal também determinou que outros cinco servidores públicos cujos nomes não foram divulgados sejam afastados de suas funções. Além disso, autorizou o cumprimento de 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis prisões temporárias, além do sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão;

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

A reportagem ainda não conseguiu contato com o presidente afastado Alessandro Stefanutto ou seus representantes legais. O espaço está aberto para inclusão de posicionamento do citado.

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