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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Meu amigo Pedro Manoel Hygino O presidente da Academia Mineira de Letras, Jacyntho Lins Brandão, não deixa a peteca cair. Para a Semana Santa, programou um belo programa, para a terça-feira, 26 de março. Deste modo, a partir das 19h30, recebeu Tadeu Sarmento para uma palestra do escritor pernambucano sobre um tema que passa quase ignorado pelos interessados na história nacional. Tadeu Sarmento tem 47 anos, já editou 13 livros, entre romances, contos, poesia e biografia e já conquistou vários prêmios importantes, o que é uma distinção a que muitos aspiram na difícil existência de escritor. O autor, com propriedade, discorreu sobre seu livro mais recente ´Meu amigo´, lançado pela editora Abacatte, em que resgata interessantes momentos e fatos da vida do primeiro e único imperador nascido no Brasil. O escritor da terra de Gilberto Freyre conta a difícil infância de Pedro II, sem brinquedos, marcada por rotina de obrigações e estudos que o tornaria o mais jovem imperador da história. Segundo os editores, o volume é um convite a que os jovens reflitam sobre o direito das crianças à sua própria infância. Em 1841, um dia antes de ser coroado imperador do Brasil aos 15 anos de idade, Dom Pedro II foge do palácio na companhia de Gato, amigo fiel e filho do sapateiro real, para viver seu único dia de criança pelas ruas e praias da cidade do Rio de Janeiro do século XIX. ´Dom Pedro II foi de fato um personagem controverso de nossa história, ou um personagem importante (...) Culto, progressista e apaixonado pelo país, o imperador foi, sobretudo, uma criança que não teve infância, ou um garoto cuja infância foi roubada pelas altas expectativas que tinham a seu respeito´. Segundo Tadeu Sarmento, o progressista Dom Pedro II, seu amor pelo Brasil e sua simpatia pela causa abolicionista fazem crer que a história contada em ´Meu amigo Pedro é possível, ou absolutamente verossímil”. O direito à infância é tema principal também em mais três livros escritos pelo autor, com foco nos jovens leitores: ´O cometa é um sol que não deu certo”, (infâncias interrompidas pelo abuso sexual); “Sundiata, o filho de Sogolon” (infâncias interrompidas pela alta expectativa dos adultos em relação aos filhos). ´Garantir o direito à infância de todas as crianças é garantir um futuro em que adultos tenham sido crianças que não precisam envelhecer rápido e que, por isso, se tornam saudáveis´, concluiu. Tadeu Sarmento, a despeito de tudo o que já produziu, ainda não goza do prestígio a que faz jus, em quase cinco décadas de produção.

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